quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Venha, chegue mais perto...





É o pedido desesperado da linda boca que se cala. Boca de alma nobre, tão nobre que se silencia a contemplar o pequeno e eterno caminhar de passos até que os olhos chorosos que já não choram mais possam ser consolados com o doce abraço de um sorriso sincero. O vento gelado que sopra ao redor não é mais que um mero aliado quando o calor de ambos os corpos se notam na vasta imensidão onde se habita a saudade, e o longo espaço de tempo que se coloca a separar a explosão da vida, furiosa a ser questionada e a breve travessia feita pelos mesmos olhos, àqueles que já não choram mais sobre a face branca e angelical de sua amada desaparece, se torna passado. Um passado distantemente contrário ao incrível futuro que virá dentro de instantes, momentos. Momentos em que apenas a mente segura a valiosa chave para revelar o que se passa nesse ambiente hostil e feroz chamado coração. E como todos os finais intermináveis, há sempre aquele que ironicamente é incumbido a roubar a cena, e assim, o beijo majestosamente desempenha o seu papel, agindo com enorme intransigência. Percebendo o ocorrido, os olhos rapidamente se caçam, a procura da forma perfeita de agradecer, quando assim, percebe que estão a compartilhar do mesmo estado de vergonha e inocência, e que nada mais podem fazer a não ser se olhar.  3 minutos dessa orquestra amorosa já se passaram, mas não se preocupe meu anjo, meu amor não passará.


By: AlbertoMarques

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